Na “campanha pela vida”, o Ciesp Caps I Acolher realizou na quarta-feira, dia 29, um webnário sobre prevenção ao suicídio. Transmitido por meio de videoconferência, o evento foi direcionado aos profissionais da rede de atenção à saúde mental dos municípios consorciados ao Ciesp.
As explanações ficaram a cargo do psiquiatra Luciano Ladeira e da psicóloga Rosália Mamede de Paula. Também fizeram parte da mesa coordenadora dos trabalhos a Secretária Executiva do Ciesp, Mônica Loureiro Müller Pessôa, a supervisora Clínica do Caps, Carolina Ferreira Guarnieri, e a enfermeira RT do serviço, Vânia Garcia de Rezende.
Em sua exposição, Dr. Luciano Ladeira foi enfático ao afirmar que o suicídio sempre envolve sofrimento. “É algo que nos deixa perplexos porque a pessoa atenta contra o bem mais valioso que possui, que é a própria vida”. O especialista ainda defendeu a conduta diversificada para o tratamento dos pacientes com tendências ao autoextermínio e acometidos por outras doenças psíquicas. “Não se consegue trabalhar em psiquiatria somente com medicação. O tratamento psicoterápico e o suporte oferecido nos Caps também são indispensáveis.”
Atenção aos sinais para prevenir o autoextermínio
Uma dica importante passada pela psicóloga Rosália Mamede de Paula é ficarmos atentos aos sinais que o suicida possa dar. A tristeza profunda, o desejo de sumir ou morrer e o isolamento social são alguns exemplos.
Segundo a especialista, as estratégias de prevenção incluem vigilância constante, identificação de grupos vulneráveis que sofrem discriminação e restrição do acesso a meios que podem ser utilizados para o autoextermínio.
A psicóloga frisou a importância de falarmos todos os dias sobre o tema. “Sentar com paciência e ouvir a pessoa falar, avisar aos familiares e encaminhar para a rede de atendimento como Caps, Samu e Centro de Valorização da Vida (CVV) são algumas das estratégias”, esclarece.
A Secretária Executiva do Ciesp, Mônica Loureiro frisou a importância da integração dos municípios consorciados ao Ciesp para tratar desse tema tão importante atualmente, como também de outros diretamente relacionados à saúde mental.
“Quanto mais trabalharmos de forma integrada e compartilhada com as equipes de saúde mental dos municípios consorciados, melhores serão os resultados para o bem-estar da população, incluindo a saúde em todos os sentidos”, finalizou.